terça-feira, 30 de agosto de 2011

Recheado

A campanha de marketing aposta no grande conteúdo do novo modelo e reforça que um carro pequeno também pode ser um carrão. O compacto mexicano é repleto de equipamentos, principalmente de segurança: air bag duplo, freios com sistema ABS e EBD (distribuição de força), ASR (controle de tração), ESP (controle de estabilidade), ESS (sinalização de frenagem de emergência), Hill Holder e fixação Isofix no banco traseiro (para instalar cadeirinhas de crianças) são de série.


O acabamento interno é bom. O plástico do painel e do revestimento das portas tem boa textura, mas é rígido. O design continua harmonioso e traduz com bom gosto a releitura do modelo clássico lançado em 1957, tanto interna quanto externamente.

Dois motores

São dois motores disponíveis. O primeiro é o 1.4 EVO Flex (o mesmo do Uno), que equipa as versões de entrada, com 88 cv de potência máxima e 12,5 mkgf de torque. O outro é o novíssimo 1.4 16V MultiAir a gasolina, com 105 cv de potência máxima e 13,6 kgfm de torque.

Essa nova tecnologia MultiAir controla a entrada de ar e a combustão. Ela garante o controle dinâmico da entrada de ar cilindro por cilindro, por meio do acionamento eletro-hidráulico das válvulas. Traduzindo: mais desempenho e economia de combustível.

São três opções de câmbio: manual de cinco marchas (para os dois motores), automatizado Dualogic de cinco marchas (1.4 EVO Flex) e automático de seis marchas (1.4 16V MultiAir).
Eclético na direção

Em ação, o Fiat 500 é gostoso de dirigir. A direção eletro-hidráulica é leve na medida, mas pode ficar mais firme para uma condição esportiva (basta apertar a tecla Sport no painel – as trocas das marchas também ocorrem em rotações mais altas).

A suspensão, que foi reforçada para o mercado latino-americano (ganhou novas molas, amortecedores e batentes), é firme e deixa o carrinho na mão do motorista, principalmente nas curvas.

A previsão de vendas é de 1.000 unidades por mês em 2011 e 1.500 no ano que vem. São números modestos frente à quantidade de equipamentos oferecidos a partir R$ 39,9 mil. Vale lembrar, no entanto, que a Mercedes-Benz tentou transformar um carrão em um carrinho e se deu mal, com o Classe A (que também era recheado de equipamentos). Provavelmente a Fiat terá melhor sorte nessa empreitada. Mas ela tem de tomar muito cuidado para não transformar o Fiat 500 em uma espécie de Uno de luxo.

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